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A mediocridade bem vinda

Atualizado: 28 de jun. de 2020

Meu Deus! Em que país se esconde os escombros da instrução? Aqui, neste nosso país incomparável na geografia, que qualquer país se sentirá elevado na comparação, e miseravelmente comparado na realidade política atual, cuja comparação até o Nepal rejeita?

Pois é. Somos os escombros tumulares da dignidade educacional, nos dias de hoje. Ontem, não foi tão bem. Ou melhor, foi muito ruim. Muito. Mas o hoje é de tal natureza tão escabrosamente péssima que acolhemos a mediocridade com alívio.

O novo ministro da educação não é decididamente um luminar. Longe, e ponha lonjura nisso. É um doutor sem doutorado. Mas isso não ofusca nossa expectativa, até porque esses doutorados universitários, na sua quase totalidade, são festivais de mediocridades acadêmicas, de orientações fajutas e outras mumunhas. Mais grave é a constatação de plágio, nos textos do doutorado inconcluso. Segundo denúncias.

Mesmo assim, ainda saudamos a mediocridade do novo ministro. E que seja bem vindo e bem sucedido. Gostei da sua franqueza ao declarar-se desarmado intelectualmente para embate ideológico. Parabéns!

Sua chegada, professor Carlos Decotelli, foi um sopro de alivio na catacumba a que fora transformado o ministério da educação pelo sacripanta Weintraub , filhote do bolsonarismo e lambe rabo do não menos execrável Olavo de Carvalho.

A mediocridade substitui a excrescência. É um avanço. Torço para que pelo menos a educação oficial seja respeitada, se não for eficiente. Menomale, como diria o italiano vendedor de gravatas falsificadas na Praça D. José Gaspar, no centro outrora elegante de São Paulo.



De Francimá Alves Queiroz:

Ótimo o seu blog,  vou lhe acompanhar; da minha geração, você e o tal nota 1000.  Um abraço forte. Boa noite.

Do Blog:

Esse leitor é um amigo-irmão. Especial. Saudade da Martins antiga e das campanhas inesquecíveis.  

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