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Ameaça de bufão

Atualizado: 5 de mai. de 2020

Essa ameaça de Bolsonaro sobre "chegou no limite" e "quase houve uma crise institucional" é tudo bufa. No sentido flatulente do termo. Merda nenhuma. Só bufa.

Tanto é que recuou, do verbo reculare latino, que significa marchar na direção do fiofó, e não repetiu a nomeação do seu amigo "in pectoris". Também do latim.

E aí pôs um amigo do amigo rejeitado, de menor quilate, mas que também late. Com ou sem quilo. Ou como diria Jânio, "fi-lo, qui-lo, mas caí-lo".

Tem porra nenhuma de crise institucional. Tem crise de caráter. Nenhum país do Mundo ousa brincar de politicagem numa hora dessas. Nenhum. Só o Brasil, porque não tem governo. Não fez nada, nem na economia nem da segurança nem no combate à corrupção. Nada. As reformas, também de mentira, foram obras do Congresso. Que será cobrado pelas duas grandes farsas. Tanto na da Previdência quanto na Trabalhista. Duas roletas que giram sem saída.

Bolsonaro é um bufão cercado de cagões. Agora mesmo, ele desesperado corre em busca da fatia suja do Congresso. Da qual ele sempre fez parte, e a traiu para ganhar a eleição. Com a colaboração ostensiva do petismo, que não teve a grandeza de entender-se rejeitado. E colaborou com o resultado.

Mas, essa conversa de golpe com apoio das Forças Armadas é uma chantagem cujos chantageados não existem. E se não existe chantageado com rabo preso, não há eficácia na chantagem. Nem medo. Medo de quem, desse bosta? Sostô, como diz o matuto.

Povo na rua? Povo de carros importados e camionetes de luxo? O povo, se é que somos, na sua parcela digna, honesta, patriota, sensata, lúcida, não fanatizada nem imbecilizada, está em casa. E só sairá de casa quando a ciência decidir. E aí sairá, inclusive pra tapar o bueiro da fossa. Onde os idiotas bufam.



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