Moro odiava Lula, que odiava Bolsonaro, que amava Moro e agora se odeiam. A farsa bufa não comporta amor. Tudo termina em ódio, mas na condição bufa desta farsa todos os odiantes podem virar amantes e os amantes virarem odiados. Portanto, é um ódio com método. E o amor não tem nada a ver com isso.
Os que detestaram o Supremo quando impediu a posse de Lula, agora elogiam o mesmo por impedir a posse...de quem mesmo? num sei, mas impediu. Virou a roleta, os satisfeitos de ontem estão irados agora. E os irados de ontem, rindo da bufa recente. Por isso que os integrantes do governo não usam máscara, para absorver o odor completo. Mesmo que o significado de bufa, no texto, tenha outro sentido. Mas cada um sente como quiser. De sentir, pensar. Ou de sentir, cheirar.
Quando Moro expôs aquela catilinária, de Lúcio Catilina e não de culinária, ainda era Ministro de Estado da Justiça. Não fora ainda demitido. Portanto, portador legal da prerrogativa de fé pública. O que Alexandre de Moraes fez foi acautelar-se de uma denúncia de crimes, prerrogativa de prevenção de improbidade. Controle preventivo.
Isso é um fato. Não confundir com fato que produz bufa. São homônimas, homófonas, homógrafas, mas não sinonímicas.
Aí vem o inquérito a ser instaurado pelo procurador geral da República, com autorização do Supremo e julgamento pelo mesmo, após autorização da Câmara dos Deputados. Sem autorização, arquivo.
Nesse processo, alguém acha que o procurador geral da república vai investigar Bolsonaro? Vai não. Ele é candidato à vaga prometida a Moro no Supremo. Vai investigar Moro por crime de denunciação caluniosa.
E aí vem mais um ato da peça. Ironia bufante. Sérgio Moro, que sempre pôs a convicção acima da prova, entrará no inferno astral da exigência probatória. É ele agora que terá de apresentar provas, e não convicção, de que não cometeu crime de denunciação caluniosa. Vejam vocês...e baixe o pano.
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