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Bazar de ilusões

  • Foto do escritor: François
    François
  • 6 de mar. de 2020
  • 1 min de leitura

É uma quermesse que a política usa e abusa e sempre encontra freguesia. Agora mesmo alguns produtos foram vendidos, com defeitos de fábrica, e os consumidores só podem lamber os dedos. Ou escovar a raiva. Isto é, os que acreditaram. Primeiro produto: Reforma trabalhista. Vendida como panaceia para resolver o problema do desemprego, desafogar o empregador e garantir direitos dos empregados. Kkkkkkk.O desemprego continua nas alturas, a informalidade disparou, o empregador continua falindo e o trabalhador jogado à incerteza.

Reforma previdenciária: Promessa de alavancar a economia, reduzir o deficit previdenciário e garantir segurança aos segurados. A economia patina feito vaca em lama, o deficit previdenciário não deu sinais de recuperação e a insegurança dos segurados disparou. Virou zorra, com aposentadorias e benefícios encalhados na burocracia e burrice oficiais. Cegos em tiroteio.

Câmbio flutuante e liberalismo financeiro. O dólar disparou, o ministro diz que é bom, mas o Banco Central torra reservas para segurar a moeda, que continua subindo. O Banco Central desmente o ministro e a moeda caga para o Banco.

O PIB virou foguete de quintal, subiu meia parede e nem vê o outro lado da rua. Qual a saída? Vender novos produtos: Reforma tributária e Reforma administrativa. São as novas ilusões da quermesse. Na primeira vão criar novos impostos, dizendo que abolirão os velhos. Papo. Virão os novos e os velhos ficarão. Na segunda vão prometer fim de privilégios e melhoria de serviços. Papo. Os privilégios continuarão intocáveis, os pequenos serão punidos e o serviço público continuará uma porcaria. Tudo como dantes, no quartel de Abrantes. Sem precisar de Napoleão invadir Portugal. Aposta?


 
 
 

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