Quando criança, a dádiva da infância recebe o mundo de presente,
O sol era meu, o riacho também. Vivi.
Adolescente, esgotei, entre alegrias e atropelos, toda a paisagem, sem fronteiras,
Nas trilhas da adolescência. Vivi.
Maturidade, abocanhando todos os gostos, bons e ruins no quintal do mundo,
Maduro, não precisei cair da árvore, amarelo ou podre.
Fui colhido pelas mãos da luta. Vivi.
Agora, na velhice, não sou velho. Misturo tudo, nacos de cada tempo. Maturidade, o sabor. Adolescência, a esperança. Infância, a irresponsabilidade.
Direito de peidar no palco. Colocar o dedo maior de todos, em pé, ladeado pelo indicador e o anelar, dobrados, e apontá-lo para os hipócritas!
Vivo!
Sua retomada da "pena" à partir de 31/12 foi realmente uma exaltação à esperança, sem deixar de lado a exigência às severas punições pertinentes. Saravá!
Não somos velhos, meu nobre. Somos rapazes usados.