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Bolsonaro conseguiu

  • Foto do escritor: François
    François
  • 13 de abr. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de abr. de 2022

Nisso ele foi craque. Tentou na época em que era da ativa, fez terrorismo contra seus comandantes, pôs bombas num quartel, foi expulso, e dele disse o General Geisel: "Esse capitão sempre foi um mau militar". Isso consta do depoimento biográfico de Ernesto Geisel.


As Forças Armadas saíram da Ditadura negociando com a oposição vitoriosa no Colégio Eleitoral. Golbery do Couto e Silva, teórico da conspiração antidemocrática, avisou: "Precisamos sair, antes que nos pendurem nos postes ou nos ponham nos bancos dos réus". E deu certo. Na argentina, no Chile, no Uruguai, na Bolívia e no Paraguai os ex-ditadores prestaram contas à Democracia. Aqui, não. Ninguém da caserna foi pra cadeia. E ficou o dito pelo não dito, anistia pra todos, inclusive para torturadores. Mas tudo bem...


Aí as Forças Armadas se recolheram às suas funções e atribuições constitucionais. E, diga-se, desde a redemocratização, eram elas uma instituição respeitável, com credibilidade popular, onde não se falava de militares nem militares falavam de política. Até aparecer Bolsonaro. O seu complexo de rejeição com Exército, por sua expulsão, voltou à tona no posto de "comandante supremo das Forças Armadas". E vingou-se. Desmoralizou o Exército.


Taí a realidade. Comprou a caserna com cargos comissionados, empanzinou o governo com militares da ativa, do Exército, e muitos deles se envolveram em falcatruas, tráfico de influência e outras trampolinagens. Até um general pançudo, que não sabe a diferença entre uma maca e uma cama, logístico da burrice, alçado ao Ministério da Saúde, de onde saiu lastimavelmente avacalhado.


Agora, taí. É picanha, salmão, caviar, camarão, cerveja, Viagra, prótese peniana, cura de calvície. Sem falar em cloroquina e outras milacrias. Dizer o quê? Se ele queria vingar-se do Exército, conseguiu. E sabendo que uma Arma desmoralizada pode pouco contra a Democracia, aposta nas milícias, oficiais ou clandestinas. Ele sabe do desgaste do seu nome e não crê em recuperação, se acreditasse não faria apologia de golpes ou desrespeito ao resultado do pleito.

 
 
 

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