O que falta acontecer neste país brutalizado, estuprado e descido à condição de submundo do crime oficial. Crimes de Estado. Após chacina em favela do Rio, com aplausos de Bolsonaro, esse genocida cotidiano, acontece algo que nem a ficção pensaria.
Uma radiopatrulha da Polícia Rodoviária Federal, nova menina dos olhos do genocida, numa cidade interiorana de Sergipe, aborda um jovem negro que nenhuma reação esboçou. O rapaz, sob tratamento psiquiátrico, entregou documentos e receitas das suas medicações.
Os presentes informavam que o rapaz era doente. Nada adiantou. Amarraram pernas e braços do rapaz. Parou aí? Não. Jogaram o rapaz no camburão do veículo, baixaram a tampa, deixando de fora as pernas do pobre coitado. Dos lados da tampa fechada, empurrada pelos policiais bandidos, pressionando as pernas do preso, saía uma fumaça branca, que cobria todo o veículo. Uma câmara de gás instalada no camburão.
Qualquer semelhança com as câmaras dos campos de concentração nazistas não é mera coincidência. Varia de tamanho e operacionalidade, mas o espírito da brutalidade, da desumanidade é o mesmo. A população da cidade está passada de revolta. É essa polícia que Bolsonaro está equipando, de material e espírito, para transformar o Brasil num gueto de repressão, tortura e morte. Tudo para preservar a liberdade deles. Eles, família e quadrilha, falsos militares fardados e milicianos a paisana.
A revolta dos habitantes de Sergipe há de ser uma revolta nacional. Não para responder com violência, mas com denúncia e protesto. E depois desalojar, pelo voto, esses bandidos que assumiram o poder democraticamente com o fim de matar a Democracia. O mesmo que os arquétipos da Alemanha e Itália fizeram nos anos Trinta do Século passado.
Commenti