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Ciro Gomes

  • Foto do escritor: François
    François
  • 30 de mai. de 2020
  • 1 min de leitura

Saio de um nome execrável do texto anterior para um nome admirável do presente texto. Ciro Ferreira Gomes. Militante político da Democracia, do Estado de Direito, das liberdades públicas e fundamentais.

Bom governador do Ceará e excelente prefeito de Fortaleza. E nenhuma dessas atribuições é de fácil consecução. Ministro de Estado de vários governos, exercendo com dignidade e competência todas essas funções.

Mas não é sobre isso que vou tratar. É sobre o papel de Ciro Gomes neste momento da vida nacional. Ele começa a ocupar o vácuo que a estreiteza divisionista e idólatra da oposição vinha cultivando. E isso é muito útil nesse momento de incertezas econômicas, caos sanitário e estupidez política.

Até agora, o único opositor do desgoverno federal é o próprio "chefe" do Executivo. Bolsonaro reside moral e politicamente numa espécie de estábulo do fuxico. E todo dia arma um esperneio. Ouve-se o som do relincho. Ou, no popular, do rincho mesmo.

Nesse ambiente, onde trabalham os palafreneiros, Bolsonaro não é sequer o palafrém. Não. Esse era um cavalo nobre, elegante. O nosso presidente está mais para o pangaré. Não fala, rincha. Não age, escoiceia.

É aí, nesse vácuo, que Ciro Gomes começa a espantar o marasmo. Respondendo com conhecimento sobre as aberrações de um governo que faz de tudo, inclusive nada. E não governa. Ameaça.

Sobre ameaças, valho-me de uma regra do manual militar. "Não tema do inimigo o que ele quer contra você. Tema o que ele pode". E esse poder caricato pode e consegue sujar a dignidade da Presidência da República, por um tempo, mas não pode matar a Democracia. Continue, Ciro Gomes.

 
 
 

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