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  • Foto do escritorFrançois

Cloroquina não é placebo

O presidente da república comete crime contra a saúde pública ao afirmar que um medicamento não comprovado contra alguma doença pode ser prescrito, caso não haja comprovação de que esse medicamento não piore o quadro sintomático desta doença.

Isso é crime, com previsão legal e pena prevista em Lei. (art.267 e seguintes do Código Penal brasileiro).

Do presidente, não causa espécie. Ele é um delinquente contumaz, com amparo num quadro de anormalidade institucional institucionalizada.

O grave é ver a defesa dessa delinquência em programas da televisão fechada, no You Tube, da forma mais descarada e cretina. Hoje, vi um desses. Com a fisionomia de debate, um festival de estupidez. Mas, não é estupidez de ignorância. É programada. Com ciência e técnica. Um dos "debatedores", reaça frustrado por não ser reconhecido como poeta nem escritor, com ranços de ódio à esquerda, declarou que o presidente, seu ídolo, não cometeu nenhum crime. E fundamentou: "A cloroquina é como a hóstia, na prática católica, pode iludir mas não causa nenhum mal". Viram o tamanho da safadeza desse sacripanta?

A cloroquina é um medicamento. E todo medicamento possui contra-indicações. Não é um placebo nem uma hóstia.

Taí o que diz a bula da Cloroquina: "Difosfato de Cloroquina é contra indicado nos casos de hipersensibilidade (alergia) a cloroquina ou a qualquer outro componente da fórmula; quando o paciente apresentar alterações na retina em utilização prévia do medicamento; no tratamento da malária por Plasmodium falciparum em zonas onde existe resistência à cloroquina e em associação com os seguintes medicamentos: aurotioglicose, cepridil, cisaprida, gemifloxacino, amiodarona, halofantrina, isoflurano, mesoridazina, pimozida, terfenadina, tioridazina, ziprasidona, digoxina, ciclosporina, cimetidina, proguanil, fenilbutazona, mefloquina, penicilina, heparina, clorpromazina e também com medicamentos utilizados para o tratamento de convulsões e ou epilepsia. A cloroquina não é recomendada para tratar indivíduos com epilepsia ou miastenia gravis, devendo ser usada com cautela na presença de doença hepática, distúrbios gastrointestinais, neurológicos e sanguíneos. Em casos raros, pode causar hemólise em pacientes com deficiência deglicose-6-fosfato-desidrogenase. A cloroquina não deve ser prescrita a pacientes com psoríase ou outra doença esfoliativa, devido às reações graves que pode provocar. Não deve ser usada para tratar malária em pacientes com porfiria cutânea tardia. Este medicamento é contraindicado para portador de psoríase ou outra doença esfoliativa, para portador de porfiria, para portador de epilepsia, para portador de miastenia gravis, para pacientes com problemas graves no fígado (insuficiência hepática avançada) e para portador de deficiência de glicose-6-fosfatodesidrogenase".

Baixe o pano.


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