O Chile vai fazer o que eu sonhara para o Brasil. O uso do verbo no pretérito mais que perfeito tem uma explicação. É o passado anterior a outro passado, na comparação com o presente, um sonho passado de ontem sobre o passado remoto da Constituição não reformada, cuja previsão constava, pretérito imperfeito, (passado contemporâneo de outro passado) nos Atos das Disposições Transitórias.
Abandonei esse sonho, pretérito perfeito, (passado relacionado só com o presente) e explico. O povo chileno, cuja história tem mais consciência politica e senso de autoestima étnica do que nós, decidiu por uma Constituinte Originária da forma do meu sonho. Eleita só para esse fim. Com permissão de candidaturas avulsas, paridade de representação social, étnica e germinadora de nova ordem constitucional.
No Brasil seria da forma de representatividade marota, safada e cavilosa da nossa tradição. Melhor não mexer no que está ruim, posto que ficaria pior.
Resta repetir o final dos discursos de Salvador Allende: "Viva Chile Mierda"!
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