Vivemos uma era de ranger de dentes, de baba hidrofóbica, de rascante sabor de ódios. No futebol, a covardia de grupos agredindo um torcedor solitário que ousa transitar com a camisa do time rival.
Nas religiões, o fundamentalismo que erige a estupidez à condição de santidade. E para realizar a crendice tudo é-lhe permitido. Inclusive matar.
Na política, a criação de ídolos antípodas. Um para ser adorado e outro para ser odiado. Repetindo a dicotomia de deus versus diabo. E em não sendo fanático será execrado pelos dois lados. Para os fanáticos não há meio termo.
Na crítica, busca-se a razão. Na adoração ou ódio fanático, esse deus Jano de duas faces, constrói-se a deformação. E diferentemente da divindade dos começos, o fanatismo embrutece a edificação do fim. Nesse ano eleitoral, a inteligência entra de férias e a burrice assume o palco.
Comentários