Bolsonaro prometeu sepultar a velha política. Com certeza ele não é da velha política, pois a velha política, com todos os seus defeitos, tinha ou tem sagacidade, matreirice, inteligência. Coisas que faltam a Bolsonaro. Ele também prometeu implementar a nova política. A nova política seria marcada por honestidade, probidade, publicidade, impessoalidade. Coisas que faltam a Bolsonaro tanto quanto faltam as qualidades da velha politica. Taí o centrão vendendo apoio por cargos. Taí a rachadinha do filho senador, taí o Queiroz escondido, taí o Moro denunciante, taí o suplente do filho denunciando, taí a deputada oferecendo vaga no Supremo pra evitar saída de Moro. Isso é novo em quê?
E eu ficava tentando uma definição para a política do Bolsonaro. Não achei. Pois saiu agora. Num voto genial do Ministro Rogerio Schietti Machado Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, a definição definitiva. Bolsonaro é um necropolítico. Negando um Habeas Corpus de uma deputada bolsonarista contra o isolamento, o Ministro disse que essa prática recorrente do atual governo tenta implantar a necropolítica.
Nem nova política, nem velha política. É a necropolítica. Isto é, a politica da morte.
Desde antes de agora. Com apologia à violência, adoração por armas, confronto permanente. A negação do isolamento social é apenas mais um gesto da necropolítica.
François, lindo relato feito sobre Ismael. Eu sou testemunha do apreço e da confiança que Ismael tinha por você. Saudades dele, muito embora adorasse encher meu saco e dizer que eu precisava arrumar um marido.
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