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Duelo entre duas quadrilhas.


Tudo dentro de um fórum com as mangueiras ligadas, água jorrando na lama, e o sabão escasso. Ficou de resto a sujeira de um Lava Jato moralmente decadente. Ponto.


Eram bandidos os investigados? Sim. Uns pela exuberância de provas e outros pela confissão delatada, e deletéria. Ou pelo volume indiciário e convergente, que constitui prova, segundo ensinou Hely Lopes Meireles.


Políticos corruptos confessos, exemplo de Antônio Palloci, que chegou a devolver dinheiro, nem precisa comentar. Diretores de estatais, confessos. Empresários corruptores, confessos. Os montes. Bandidagem cristalina e indiscutível. Não é opinião. São fatos. Constituiu a primeira quadrilha.


Foram bandidos os investigadores e julgadores? Sim. O uso do aparato policial, da formação de culpa ministerial e do julgamento com fins distantes do alcance da prescrição legal, com fins outros, de interesses políticos configurados, confirmados, constitui crime. E quem pratica crime em grupo configura quadrilha.


Policia Federal, por alguns agentes, instrumentalizada; Ministério Público, sob o comando de um Procurador, ao arrepio escancarado da lei, montando um aparato probatório que teve tudo para prover nulidade, como ocorreu, com chantagem, negociações entre delinquentes, uso abusivo de delações e outros métodos inconfessáveis. Tudo sob a orientação, acompanhamento, sugestões de operações e outras mumunhas do próprio Juiz julgador do feito.


Embate entre duas quadrilhas. Uma quadrilha público-privada versus outra quadrilha forense. Deu empate.


Tudo politicamente montado. O que tinham com isso Lula, Dilma, José Jenoino, por exemplo? Nada. Não alcançaram Dilma, juridicamente. Politicamente a descartaram. Não encontraram Lula na Petrobrás, alvo da Lava Jato, foram atrás de um triplex e de um sítio, ambos sem comprovação de propriedade. Duas sentenças, uma do primeiro juiz, pobre de Literatura e escassa de Direito. Língua e Lei agredidas. A segunda sentença, de outra juíza, cópia da primeira, clone do primeiro juiz.


Taí o resultado. Julgamento popular com eleições, procedimentos jurídicos corretivos de rumos, tentativas frustradas de golpe, escândalos aos borbotões de "vestais" que vendiam a mentirosa carapuça de moralidade, quando, na verdade nua e crua, são apenas fariseus vendendo trapos, como sendo o manto de Cristo, e fatiando pedaços de madeira podre como sendo relíquias da Cruz. Baixe o pano.





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