Estou vendo agora na Globo News, neste momento, um festival de estultice que supera a própria ignorância educacional do nosso povo. Todas as recomendações de elementar prevenção são truísmos desnecessários.
A jornalista, jovem e risonha, que fala mais do que o entrevistado, como o faz no programa da tarde, é uma doçura de bobagem. Entrevista um senhor e uma senhora.
Um senhor quase gordo, de óculos intelectuais, professa sobre cuidados. Todos os cuidados que todos tem ouvido diariamente. E diz: "Não passe a mão no rosto". É uma lição do carái.
A senhora, de blusa roxa, olhar brilhante, ensina: "fique em casa, leia um livro ou aproveite para escrever suas memórias". Pra quem ela está falando? Pra mim não é, que nem quero ler livro nenhum nem escrever minhas memórias de merda, nessa bosta de prisão sem delito.
Deve ser pros habitantes da Rocinha, do Santa Marta, do Caju, Providência, Meyer, o escambau. O Rio virou espanto/ As pedras que cercam a cidade/ continuam
belas/ mas a cidade cercada por elas/ nem Tanto.
E essa gente patife da televisiva informação deveria pelo menos respeitar a (in) cultura da nossa gente. Porque eles são cúmplices da deseducação estabelecida.
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