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Lourenço doido inventou a lua

  • Foto do escritor: François
    François
  • 4 de mar.
  • 1 min de leitura

Ele não tinha onde morar,/ nem na rua./ Pois não era de lá./

Do mato que era, só galhos,/ folhas e sombras que sobravam./

Assim era Lourenço, o inventor da lua./


Nunca esteve numa rua./ Nem viu uma mulher nua./ Lourenço não sabia rimar./

Mas inventou a lua.


Sem teto algum, lugar qualquer, Lourenço quer um lugar pra lua./ Inventou que é,/

sua invenção não pode morar na rua./


Dividiu a casa da invenção/ em quartos que sua mente pôs espaço,/

para cada situação./


Diferente dele,/ sem teto e locação,/ sua lua teria quartos/

pra sua acomodação./



Nascia frágil, Crescente,/ ia se enchendo até ser plena./ Cheia, plenilúnio./

Depois, secando, minguando/ como tudo que clareia./


Novilúnio no breu da noite/ onde só tilintam os astros ao longe,/ como disse o poeta,/

"posso lhe escrever os versos mais tristes esta noite"./


Porém, entretanto, mas porém, Limeira, gêmeo de Lourenço, ponteia na viola/

a boa nova, Você acaba de inventar a Lua.



 
 
 

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