As mensagens trocadas entre Sérgio Moro e a deputada Carla Zambelli revelam um festival que nada tem de digno ou republicano. E por sacanagem do destino, é o próprio Moro quem põe tudo ao alcance do público. A deputada, militante confessa da extrema direita, usa os mesmos argumentos que Moro usou contra o The Intercept.
Duvida da seriedade e honestidade de Moro, seu padrinho de casamento, e diz que ela foi induzida àquele diálogo. Como induzida? Foi ela quem propôs a negociação da vaga do STF. Ou melhor, propôs a data da indicação. Porque o acerto era antigo e original entre Bolsonaro e Moro.
Ela vai mais longe na sua militância de patifaria. Informa que moveu meio mundo para Michel Temer nomear Ives Gandra Martins Filho para a vaga que Temer indicou Alexandre de Moraes. A indicção de Temer, diferentemente das indicações do PT, prestou serviço ao Brasil e à Justiça. Evitou a ida do senhor Ives Gandra, fascista hereditário, cujo pai é um extremista de direita bem manjado.
Essa deputada me lembra uma resposta de Último de Carvalho, deputado de Minas, quando alguém lhe informou que a deputada Ivete Vargas estava "dando" para o também deputado Afonso Arinos. A resposta: "Não me interessa que a Ivete Dê, nem sei se a Ivete Dá. Sei que ela é Deputada sem o Dê e sem o Dá".
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