Quando eu vi, na primeira vez, esse Wassef, o "Anjo", dando uma entrevista na televisão, veio-me à memória a teoria da denunciação facial da criminalidade, da autoria de Cesare Lombroso, na sua concepção da antropologia criminal. Mas não foi o sentido criminal, no caso do "Anjo", que me remeteu ao ilustre psiquiatra. Foi outra denunciação. Ao vê-lo, naquela primeira vez, disse a mim mesmo: Taí um picareta, cuja picaretagem a face escancara.
Não deu outra. E como todo picareta, mentiroso. E como todo mentiroso compulsivo, desonesto. Não satisfeito em ter dito na entrevista referida que não sabia do paradeiro de Queiroz; agora, descaradamente informa que "nunca falara com o Queiroz e não sabia que ele estava na sua casa". E que a "casa estava com os móveis do lado de fora, em obras" e que não havia ninguém morando lá. É ou não é um descarado? Todo mundo viu a entrada da polícia. Todos os móveis na casa, com o Queiroz lá dentro, onde morava há cerca de um ano, segundo o caseiro. A filha do Olavo de Carvalho já havia fotografado a casa, denunciando esse esconderijo, mas ninguém lhe dera crédito.
E o "esquema particular" de informação de Bolsonaro, que ele disse possuir naquela reunião das patifarias, engoliu mosca. Enquanto o "Anjo" andava serelepe no meio das movimentações da posse do ministro Fábio Faria, a policia e preparava o bote. E tanto o presidente quanto seu advogado, dançaram na desinformação. E Queiroz dançou no xilindró.
Esse é o resultado de confiar na angélica picaretagem do poder macunaímico sem caráter. Mas faça-se justiça a Macunaíma; não tinha caráter, mas tinha inteligência.
De Rômulo Gurgel:
Disse o Anjo sobre Bolsonaro: "Viramos uma pessoa só". E inventaram que ele pediu o boné, não é mais adivogado da gangue angélica. Estão bajulando-o para ele não abrir o bico. Esse Anjo sabe demais...demais.
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