Desde que iniciou o mandato, o presidente Bolsonaro montou um comitê de chantagem. E tem usado direta ou indiretamente referências a ações ilegais a serem referendadas pelas Forças Armadas. Esse é o angu.
Porém, entretanto, mas porém, (né Zé Limeira?), sabemos lá no Sertão profundo que angu dos bons tem de ter caroço. Isto é, alguma mistura consistente que dê sustança ao alimento. Pose ser um ovo cozido ou um chambão de boi.
Começou com "acabou, porra"! Lembram? foi lá no início. E o que foi que acabou? Nada. Ele continuou mentindo, o país sofrendo e as instituições funcionando. É bem verdade que ele comprou um Procurador Geral da República, um senhor Aras, que em nada tem arado. Mas, mesmo na sujeira da venalidade, preservou-se a capa formal da legalidade.
De lá pra cá, as chantagens são continuadas e repetidas. De tão repetidas, ninguém põe fé nelas. Um general dá entrevista e diz: "Não estiquem a corda". A única corda esticada é a engolida pelo próprio general. Aí vieram notas, indiretas e bobagens que só desmoralizam os chefes das Forças. Hoje, mais uma ameaça. Cadê o caroço? O caroço é o golpe? Pois mostrem. Aqui, ó!
Mas ele precisa manter o angu. É o angu que mantém aceso o aboio ao gado. Pra ir tocando a boiada. Que espera ele chegar num cavalo fogoso ou numa motocicleta turbinada, feito Sinésio, o alumioso, com seu capacete dourado, entrando ao meio dia em Taperoá. Né, não, Ariano?
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