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O funil do fanatismo

  • Foto do escritor: François
    François
  • 15 de mai. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 16 de mai. de 2020

Tudo tem limite. Tudo. A terra não é plana, mas limita-se. No entorno dela, aconchega-se a atmosfera. É um limite. No momento em que um astro maior atrai um menor, que também o atrai, os atraentes se compõem e se limitam. Não fosse assim, o Sol engoliria a Terra e a Terra engoliria a Lua. Isso não ocorre pela limitação gravitacional. Na relação direta do produto das massas e inversa no quadrado das distâncias. Newton descobriu, mas disse que o fez por postar-se nos ombros de gigantes. Einstein subiu nos ombros de Newton e viu mais longe do que ele. Nos ombros de Einstein subiu Stephen Hawking.

Assim dito, o registro da tristeza de ver o fanatismo invadir o cérebro de pessoas inteligentes, de conhecimento antigo, professando estupidez como se dialética fosse.

Descrentes das divindades espirituais virarem adoradores de divindades humanas, e o pior, no que há de mais escatológico nesses adorados. Sem qualquer avaliação inteligente sobre o risco ridículo das suas crenças.

De tal natureza, que o limite da tolerância não se esgota. Mas se agasalha no limite da complacência.

E se Newton disse que descobrira coisas novas por postar-se nos ombros de gigantes, pensadores antes dele, o fanático inteligente usa ombros de anões pra ver mais perto do que poderia ver a sua própria inteligência.



 
 
 

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