top of page

O oitão do cajá

  • Foto do escritor: François
    François
  • 14 de fev. de 2021
  • 1 min de leitura

O Cajá era um sitio minimalista, de propriedade de minha avó, onde morava seu Bendito do Cajá. Nunca soube do seu sobrenome, conhecido era ele pelo pós nome do sitio onde morava.


O sítio era tão sem graça, sem pomares, sem atrativos, que até os bodes dormiam, durante o dia, no oitão da triste casinha de taipa, onde seu Benedito aboletara-se ainda jovem e lá veio a morrer com quase um século de vida.


Pois assim está o Brasil. Tão sem graça, sem esperança, sem futuro, sem apelo, que até os bodes dormem de dia pra não berrarem ante tamanha desmotivação.

Aqui, nesse meu oitão, espantei um pouco a pasmaceira com a Live de Maria Betânia, o texto de Tácito Costa sobre a mesma Live e terminando o livro de Tião Carneiro. Uma taça de vinho muito bem degustada. Acompanhei tudo com algumas garfadas de paçoca de mucunã e cuscuz de macambira.


Mas o Brasil não é mais do carnaval nem do futebol. É um país de bola murcha. De civis sem civismo e de militares sem vergonha.

 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
Viva o alumioso!

Estou a falar de Sinésio, entrando em Taperoá, no meio dia, com seu chapéu de alumínio, brilhando ao sol de escaldo, no sertão da...

 
 
 
Trump é o Stalin da Direita.

O mundo parou de girar, estático, como toda burrice, empacou. Ninguém quer ou tenta querer fazer esse burro caminhar. Ponto. Os astros...

 
 
 

1 comentário


tcarneirosilva
tcarneirosilva
15 de fev. de 2021

Evoé, François

Curtir
bottom of page