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O Supremo e os bois de Parintins

  • Foto do escritor: François
    François
  • 2 de fev. de 2020
  • 1 min de leitura

Atualizado: 3 de fev. de 2020

O que tem a ver? Tudo. Infelizmente, tudo. A Magistratura de primeira instância merece respeito e credibilidade, descartando-se as exceções e confirmando a regra.

Infelizmente não se pode dizer o mesmo da cúpula do Judiciário. Alí não há juízes. Há políticos togados, que por afinidades com o poder conseguem a toga num concurso de esperteza e não raras vezes por serviços prestados. Mesmo que, ao investir-se, negue por votos a expectativa do nomeante, não enxuga a mancha úmida que produziu a sua investidura.

O Supremo, por força deformadora da sua composição, grafada num equívoco da Constituinte de 1988, não recebe no seu Pleno os juristas da Cátedra, nem os Doutrinadores da jusfilosofia, nem os operadores do Direito à margem do poder.

Não. Chegam lá os que lá estão. Sem exceção, todos os que estão lá tiveram de alguma forma, umas honestas e outras nem tanto, relações com o Poder nomeante.

Como foi dito, nem a "independência" de votos contrários aos interesses de ex-patrões atenua o maucaratismo do indicado. Todos vão ao Senado numa sabatina que poderia ser domingueira. Farsa formal de uma constitucionalidade de flor de seda. Solta ao vento.

E os bois de Parintins? Você pergunta. Pois é. É uma casa política dividida entre dois blocos. Não de frevo, pois que posudos e sisudos. Dois bois bumbá. O grupo do garantistas e o dos caprichosos.

Oscilando sempre entre dois placares. 6 x 5 ou 5 x 6. Seria folclórico, cascudiano, se não fosse uma tragédia togada brincando com a desgraça de um povo. Disse povo? Corrijo. Pré-povo.

 
 
 

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