Uma - Depois do discurso brochado do imbrochável presidente, ouvi e li inúmeras leituras sobre a fala do distinto, "sou imbrochável". De analistas, psicólogos e palpiteiros tentando alcançar o sentido daquele fala. Cuja forma do verbo "fala" seria feminino do núcleo discursado "falo". Aqui substantivo, e não verbo. Fixação do orador.
Muitas análises. Fixação sexual fálica, menosprezo das mulheres, insegurança de virilidade, machismo. Teve de tudo. Na minha dispensável leitura, foi nada disso.
Bolsonaro sempre sonhou em tomar o poder pela via da força, após nele chegar pela via democrática. Seus ídolos bem sucedidos, nessa empreitada, Hitler e Mussolini conseguiram assim. Para isso ele contava com o apoio do Exército. Chamava de "meu Exército, e supunha-se proprietário da Força. Não contando com esse apoio, ele passou a humilhar a Força verde oliva. "Sou imbrochável". Pra quem ele disse isso? Para os militares ali presentes. Como seria dizer: "Não preciso de viagra". Sacou? Chamou de brochas os militares, magoado com eles, disse-se potente e remeteu a quê?
À compra de viagra pelo Exército. Essa é minha leitura.
Duas - A Rainha da Inglaterra viveu quase cem anos, setenta só de reinado. O seu velório não vai durar tanto, talvez só uns sessenta e sete anos.
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