A brincadeira consistia num enorme pau ensebado, com sebo de carneiro capado, tendo no seu topo uma certa quantia de dinheiro. Quem conseguisse escalá-lo abocanhava a grana. A cada tentativa frustrada, o pau mais liso ficava. Até que, cansados, os pretendentes aceitavam socializar o prêmio. E formavam uma pirâmide humana, cada um no ombro do outro, até que o último a chegar retirava a grana, que seria dividida.
Qualquer semelhança com a nossa economia não será um absurdo. A diferença é que, na brincadeira, não havia mentira. Enquanto Paulo Guedes se esborracha a cada tentativa de subir no pau de sebo, uma mentira oficial é montada para enganar a assistência. O ministro mente, promete, disfarça. Aí o suposto chefe da brincadeira, chamada governo, tenta desviar a atenção com uma estultice programada. A cada crise, uma besteira. O objetivo é desviar atenção, para escapar de responder o fracasso de cada mentira. A última foi a denúncia de fraude eleitoral. Fraude denunciada por quem ganhou. Dever-se-ia anular o pleito.
Agora, após descer alguns palmos no pau de sebo, Guedes vale-se do coronavírus pra justificar o PIB despencante. Aguardemos a próxima "máxima" de Bolsonaro, na tentativa dos seus acólitos ávidos no exercício de raspar o sebo do pau.
Ou seguem o exemplo dos garotos, uns nos ombros dos outros, governo e legislativo, ou vão ficar descendo e vendo cada vez mais longe a grana no topo de um tronco inexistente.
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