Quando o Jornalista Reinaldo Azevedo tratava de forma cáustica, principalmente na Revista Veja, os detentores do poder, na época o PT e aliados, sob a liderança de Lula, eu discutia e o defendia nos embates teóricos com amigos e parentes.
Explico. Meu argumento era: Mesmo discordando de muitos dos seus textos, o comportamento dele lastra-se na obrigação da atividade jornalística. A surrada e sempre atual lição de Millôr Fernandes, "jornalismo é oposição, o resto são secos e molhados".
Reinaldo Azevedo teve formação de esquerda, na juventude. Coisa típica dos que têm caráter generoso na mocidade. Ou como dizia Carlos Lacerda, "a esquerda é a fatia generosa da política". E Lacerda, também de esquerda na mocidade e reaça na maturidade, disse isso já depois de velho. Reinaldo Azevedo é hoje um liberal, defensor da democracia e do Estado democrático e de Direito.
Hoje, os que detestavam Reinaldo Azevedo agora o aplaudem. E os que o idolatravam, agora o detestam. Quem mudou não foi Reinaldo Azevedo. Ele continua Jornalista com o J maiúsculo. Continua crítico do poder. Não demoniza seu passado e respeita sem inveja o passado dos outros.
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