E por falar em Ditadura lembrei de Rubens Lemos, o Rubão, jornalista, boêmio, radialista, tarado por futebol e samba. Poderia ter tido uma vida suave, no mundo dessas suas paixões.
Mas não. Uma paixão maior entortou sua vida. A paixão pela liberdade, pela solidariedade e pelo amor ao seu país. Era o Taka, do PCBR, codinome de um voluntário numa luta inglória. Não pela derrota anunciada, mas pela bosta de democracia em que desaguamos.
"Sobem morros/ descem rios/ barba e vida por fazer". Esses versos não são de Vandré. Mesmo estando numa canção dele. Estavam os dois, Vandré e Rubens, exilados no Chile. Vendo-os, Vandré perguntou a Rubão se poderia usá-los. Não só autorizou, como dispensou o crédito. Rubão me contou. Algum tempo depois, perguntei a Vandré e ele confirmou. Pouca gente sabe disso.
Uma das alegrias que tive nos últimos tempos da nossa imprensa foi ver a convocação de Rubinho para compor o quadro de colunistas da Tribuna do Norte. Um time de craques.
Rubinho está tecendo a delícia dos leitores de Futebol. Coisa da sua paixão e do seu prazer. Mesmo que trate do que mais gosta, também é do que mais sofre. Sabe tudo de Futebol em todos os tempos, é o prazer. Torce pelo ABC e pelo Vasco, é o sofrimento!
Bárbara homenagem ao ilustre cidadão Rubens Lemos. Um xero grande, François.