Essa conversa com Vladimir Carvalho, craque da cinematografia nacional, foi um momento descontraído em que abusei da sua gentileza para tratar de um assunto marcante na sua vida de cineasta e denunciador de um período de trevas da vida política nacional.
Tudo muito informal, sem pretensão de registro esmerado, mas Raíssa aproveitou para marcar o momento. E conseguiu. Mesmo que a descarga de bateria de um celular tenha interrompido o relato do cineasta, serve para chamar a atenção dos interessados nesse evento terrível que foi a filmagem de "Cabra Marcado para Morrer". Filmagem, censura, violência, ditadura. E nunca é excesso a relembrança dessa nojeira. Nunca. E se incomodar, melhor ainda. É preciso incomodar, para não esquecer.
Truncado, mesmo assim, o registro marca duas lembranças. A principal, o relato de Vlado. A outra, para mim, também principal, a fotografia desse encontro. Com essa figura excepcional de brasileiro, que é Vladimir Carvalho. Valeu, Raíssa. E Vladimir, acertadamente, chama-a de colega.
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