top of page
Foto do escritorFrançois

Teste

Não é uma crônica,

nem verso, só teste.


uma tentativa de volta,

sem revolta, sem vista ou veste.


Nua, quase crua, sem casa,

na rua.


E por falar em nua, a velhice no banheiro

é pior do que espelho.

No reflexo espelhado há cortes, escolhas de lados.

Disfarce.

Lá, recanto do banho ou descarrego,

não há escape, revela-se.


Pele? Que nada, descasca, sem casca.

E no despenar-se vai o resto. Que nem merece narrar.

Foi teste.


Viver é esperar na porta do banheiro.

Após a fila, impaciência, do desassossego que desbanca,

o alívio enfim,

E o fim é contemplar as pelancas!

20 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

As semelhanças perguntam...

...Vejamos opiniões, gestos, falas e comportamento. Quem cercou-se de militares, cooptando-os com mimos e vantagens, algumas bem...

Esconderijo de silêncios (VI)

Desde a partida do padre Salomão, Januária quase acostuma-se com a calmaria religiosa entre as igrejas. O novo padre, tolerante, a igreja...

E quando morrer?

Ao nascer, nem lembro quando, se chorei, nasci. Infância de grotas, chãs, pé de serra, frutas, sacristias, chuva e seca, se brinquei,...

Comentários


bottom of page