top of page
Foto do escritorFrançois

Paredões e o veto caviloso

Pensei que teria um bom intervalo para criticar o governo Fátima Bezerra. Enganei-me. Após a portaria "corona", exigindo prova de "risco" para não dar expediente presencial, vejo nova decisão incompreensível. Pra não usar um adjetivo ferino, porém apropriado.


A Assembleia Legislativa aprovou uma Lei de indiscutível interesse público, proibindo paredões de som em determinados lugares e incertas horas. Essa coisa monstruosa que torna torna uma geração, a atual, em futuros surdos. Sem falar no desassossego das pessoas, com essa barulheira infernal que toma conta das ruas, praças e orla num verdadeiro inferno sonoro. Sem cautela de locais ou horário. Pode ser perto de hospitais, escolas ou residências. A Lei aprovada reduzia esse crime ambiental.


O que faz a Governadora? Vetou a Lei. Sob o argumento caviloso e suspeito de que isso é "matéria de competência municipal". Uma justificativa bisonha e sem cerimônia. Os municípios podem e devem legislar sobre isso, mas não o fazendo há competência concorrente, comum e suplementar do Estado. Ponto final.


A pergunta é: O que há de escuso e escuro nesse veto?

36 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

As semelhanças perguntam...

...Vejamos opiniões, gestos, falas e comportamento. Quem cercou-se de militares, cooptando-os com mimos e vantagens, algumas bem...

Esconderijo de silêncios (VI)

Desde a partida do padre Salomão, Januária quase acostuma-se com a calmaria religiosa entre as igrejas. O novo padre, tolerante, a igreja...

E quando morrer?

Ao nascer, nem lembro quando, se chorei, nasci. Infância de grotas, chãs, pé de serra, frutas, sacristias, chuva e seca, se brinquei,...

Comments


bottom of page